.descobertas de um bebê.
outubro 25, 2016
.lá no alto,
o teto
aqui embaixo,
a teta.
.das coisas da vida.
outubro 6, 2016
.eu quero
eu posso
eu faço
mas, porém, todavia, entretanto,
se eu quero eu não posso
se eu posso eu não faço
se eu faço eu não quero.
In.sono
julho 28, 2012
Tem noites que os barulhos de fora não me deixam dormir….
Roncos do Tosco, na maioria das vezes.
Tem noites que os barulhos de dentro são muito mais altos.
Insônia.
a dor.
fevereiro 15, 2012
é de quem?
a dor é sua.
a dor é nossa.
a dor é de todos?
uma só
dor
muitas, quem sabe
que dor é essa?
só sei que ela é minha também e dói.
e qdo…?!
fevereiro 14, 2012
E qdo vc precisa de estímulos externos
E qdo já se passou mto tempo
E qdo já foi tempo demais?
Tempo tempo tem….. ?
Tem tempo ainda
Ainda dá pra sentir?
pára!
dezembro 7, 2011
com
fuso
pára
fuso
confusão.
da certeza do gelo:
julho 29, 2011
ele derrete.
ensaio sobre a certeza.
fevereiro 12, 2011
cuidado com o que é certo.
a certeza não te move.
não se move.
é uma parede… um quarto,
sem vista para fora.
é o dúvidoso que alça vôos,
que faz sonhar.
é o incerto,
o que não se vê,
o que não se toca,
o que se questiona
que nos leva a outros lugares.
é ele que faz com que possamos andar para frente,
ou não…
nunca se sabe…
o fracasso do fraco.
janeiro 25, 2011
diálogo de uma sexta desequilibrada:
– amor, acho que tenho uma fraco por certas coisas….
– não amor, você tem um fracasso mesmo.
FIM.
pressão.
janeiro 2, 2011
existe
aqui dentro
uma tristeza profunda
e a necessidade
de ser feliz
só atrapalha.
velho ano novo, novo ano velho.
dezembro 29, 2010
Ano novo
novo ano
cada ano que chega
espero ansiosa
por uma boa nova
uma nova boa
mas o que me chega
são nostalgias velhas
melancolias viciadas
velho ano
ano velho.
ilusão.
dezembro 29, 2010
Como posso sentir nostalgia
de uma coisa que não vivi?
Como posso ter melancolia
de uma coisa que não senti?
adolescente.
outubro 27, 2010
em algum momento me perdi
queria ter segurança
que amanhã vai estar tudo bem
que não vou me sentir só.
nova.
setembro 23, 2010
Lua
cheia,
de mistérios,
me ensine o caminho
pra que eu não fique minguante
quem sabe crescente,
mas nunca vazia…
Tum-tum.
setembro 16, 2010
– Que foi?
– Nada.
– Trincou?
– Não.
– Quebrou?
– É.
– Mas tem conserto.
– Não sei.
– Dá pra colar…
– É, dá.
(Mas não vai ficar igual.)
O vento Sul.
setembro 15, 2010
E quando a sua estrutura se dissolve?
E a sua base desmorona?
Outro dia me falaram que a vida deveria ser uma surpresa…
Ultimamente não quero mais surpresas,
não tenho mais certeza de nada.
Sabe, eu achava sinceramente que…
enfim, tudo seria diferente.
Se todos temos um Norte
Eu tenho um Sul que me guia
Ou, pelo menos, equilibra.
Lá o vento que sopra,
forte,
atordoa
arranca com garras
os problemas, tristezas
incertezas e inseguranças.
É pra lá que tenho que ir, de novo…
Era isso que eu achava.
briga.
setembro 2, 2010
sinto logo existo.
penso logo não sinto.
Pai, você é meu amigo?
setembro 1, 2010
Tenho saudades do que não vivi.
Não tenho memórias do que passou.
Guardo uma vaga lembrança das coisas
blur.
Eu brigava demais,
ele falava de menos,
(ou era o contrário?!)
piadas sem graça.
No meio do mar
com o nosso botinho cinza de borracha,
um petroleiro gigante ao lado
e uma pergunta: – Pai, você é meu amigo?
Mas o que eu queria mesmo era deitar no sofá
e receber o melhor cafuné,
no pé.
metamorfose.
agosto 31, 2010
Aquele soluço,
aquele mesmo, apertado
estava lá, entalado
quase enlatado,
aquele bem angustiado,
no fundo escondido
podia bem se transformar
e, no final, virar
uma solução.
a pior espécie.
agosto 30, 2010
A pior espécie é a dor silenciosa
que quando vemos tomou conta,
tomou conta até dos ossos.
Não há mais o que fazer.
Tudo fica corroído, enferrujado…
ela não grita, não fala, não grunhe
não murmura, nem suspira
se alastra sorrateira
é a pior.